☆ Natal 2019 ☆ Ocultos de Second

ㅤㅤㅤPARTIDA

ㅤㅤㅤEu terminei a cerveja, estava mais na minha observando do que interagindo muito, tinha conhecidos de longa data, assim como gente que nunca havia visto pela cidade reunidos ali. Second estava conhecida, isso era claro pela variedade de pessoas novas. Mas eu vivo indo e vindo e mais dentro de Southtown, não tenho como saber a cara de todos que vivem naquela ilha.
ㅤㅤㅤTerry Bogard estava diferente, isso era claro no comportamento dele naquela festa, não estava no grupinho dos caras, largado num dos móveis, bebendo e mexendo com as mulheres. Na verdade ele estava com atenção toda naquela criança, que era difícil não negar, até mesmo quem nem sabia que homem era Terry Bogard, apontariam de longe como sendo pai e filho ali.
ㅤㅤㅤDuck King, apesar de eu ver aquela brincadeira característica do dançarino na apresentação do seu amigo oculto, o amigo também estava mais maduro e diferente de tempos atrás. Não sei por que fico fazendo essas comparações, talvez como minha vida continua numa rotina por anos, que evolução e mudanças no arredor causa curiosidade.
ㅤㅤㅤJogo numa das lixeiras a long neck, meu presente teve um destino diferente do dono, mas era algo útil para qualquer um, já que até um jarro de planta aquele item poderia virar. Dei de ombros e caminhei mais uma vez pelo apartamento, a jaqueta estava na mão, pensava pegar outra cerveja ou em ir embora.
ㅤㅤㅤ— E aí? - cheguei para cumprimentar Terry. - Quem te viu, quem te vê, hein? - comento sobre aquela aparência de pai responsável dele na festa. - Qual o nome dele? - a pergunta era mais para eu puxar assunto, já fora falado durante a troca de presentes.
ㅤㅤㅤO papo continuaria se eu obtivesse respostas do louro, mas logo despediria para poder ter uma palavrinha também com Duck. Pegaria uma cerveja no caminho e abordaria o negro com um característico sorriso em meu rosto e aquela chegada um pouco mais brincalhona.
ㅤㅤㅤ— Que rumo você deu na sua vida, hein? Isso foi tudo por causa dos negócios na Califórnia ou pura sorte? - comentei sobre a mulher e também criança que rondava por ali ao lado dele.
ㅤㅤㅤO sorriso eu mantive no rosto, cumprimentaria também a mulher e a menina, tentaria trocar mais algumas palavras para também depois despedir. Tinha que pegar meu rumo para casa, sabia que não havia nada lá, mas era o mesmo ali também, tudo diferente. Na minha mente ficou o pensamento, que talvez, eu devesse mudar.
ㅤㅤㅤO presente que ganhei, isso seria um bom passo para a mudança, era uma nova vida que estava em minhas mãos, tudo poderia acontecer dali em diante. Saí do apartamento carregando a caixa com a filhote dentro, claro que havia me certificado antes de sair do sexo do animal, a mulher havia confirmado ser fêmea. O que era característico pela forma que arrumaram ela, com aquele lacinho e tudo, mas para ter certeza, tirei a dúvida.
ㅤㅤㅤPrendi a caixa entre minhas pernas na parte da frente da moto. Coloquei o capacete e logo já estava dando a partida e voltando para minha casa.

ㅤㅤㅤ Noite de Natal.

ㅤㅤㅤ Aquela irritação foi diluindo junto com a bebida e também a companhia de Duck, Laura estava mais solta novamente, como era seu costumes em festas. Para os braços do negro americano a brasileira mandou sua filha, a Matsuda queria dançar.
ㅤㅤㅤ – Vem dançar comigo, nego? - ela perguntava, mas já o puxaria pelo braço para um espaço mais adequado.
ㅤㅤㅤ A brasileira começaria a rebolar e rodar o corpo de DK e ainda fazendo gestos para aumentar o sorriso no rosto de sua filha que estava no colo do pai, a menina tinha os olhos fixos na mãe, dando gostosas gargalhadas. A garotinha negra, com o cabelo caracolado e duas grandes bolas azuis eram seus olhos.
ㅤㅤㅤ O espaço que a morena usava para dançar era onde antes as pessoas estavam ficando em pé para revelar quem havia tirado na brincadeira, era o único espaço mais a vontade que ela achou para curtir o resto da festa. O problema com o americano seria resolvido depois, ficar longe do noivo, sozinha num apartamento gigante, sempre aborrecia Laura e os dois teriam que resolver aquilo.
ㅤㅤㅤ Depois da brasileira dançar três músicas seguidas, ela resolveu ir buscar bebidas para ela e Duck e também arrumar um canto para dar de mamar para Rhonda. A menina ainda estava com seus cinco meses.
ㅤㅤㅤ – Dê ela pra mim nego e vai pegar algo para comermos também? - a morena pediria colocando a bunda numa das vagas que surgiu no sofá.
ㅤㅤㅤ Alguns convidados já estavam se retirando, mas a brasileira ainda tinha papo para conversar com as pessoas ali e também queria dançar mais, só depois de muito aproveitar a festa que a Matsuda chamaria Duck King para ir embora.