A queda do rato!

ㅤㅤㅤㅤAlgum lugar, Chicago.

ㅤㅤㅤㅤA mulher comeu três dos seis pacotes de macarrão com queijo que preparou no micro-ondas. Ela deixou o americano na cozinha e subiu para o andar dos quartos da casa. Seu filho estava dormindo, então Lilith mijou, lavou a boca e foi deitar também, pegou dois travesseiros na cama e colocou no chão, no mesmo canto que Jack dormia e deitou, assim evitava que o menino ao acordar tentasse subir na cama atrás dela. A russa apagou em minutos.
ㅤㅤㅤㅤ— Desde quando você leva jeito com crianças? - era a voz de Lilith na orelha de Keith mais uma vez.
ㅤㅤㅤㅤAo acordar a russa percebeu que o filho não estava mais no quarto, mas também foi para o banheiro, mijou, tomou banho, vestiu-se e desceu já com as coisas arrumadas na mochila e na bolsa de Jack.
ㅤㅤㅤㅤ— Eu tenho um filho, você sabe disso. - foi que Keith respondeu olhando a mulher de relance e colocando mais uma colherada de ovos mexidos na boca do menino. - E ele estava com fome, encontrei ele mexendo nos seus peitos.
ㅤㅤㅤㅤLilith riu e foi para o fogão, colocando no prato o resto de ovo e bacon. Sentou-se na mesma bancada que os dois estavam e começou a comer.
ㅤㅤㅤㅤ— Você não fez café? - ela perguntou procurando pelo liquido.
ㅤㅤㅤㅤ— Já bebi. - Keith falou apontando para a cafeteira.
ㅤㅤㅤㅤ— Valeu. - ela falou com sarcasmo, já que teria de fazer mais para si mesma. - Vamos como para Chicago?
ㅤㅤㅤㅤ— De carro.
ㅤㅤㅤㅤ— Então vamos fazer uma parada extra dos seus planos, vou deixar Jack com Terry. - ela falou e terminou de mexer na cafeteira e ligou novamente para poder beber o café.

ㅤㅤㅤㅤKeith foi o primeiro a fazer o percurso com o carro e a russa ficou no banco de trás com o filho no colo, não havia adaptações no carro para o menino, então não poderia deixar ele solto ali como bem entendessem.
ㅤㅤㅤㅤ— Porra! Que lerdeza é essa?  - Lilith reclamava olhando para a pista vazia e o traficando respeitando limite de velocidade.
ㅤㅤㅤㅤ— Não quero ser parado, caralho! - era a voz de Wayne a encarando pelo retrovisor do carro.
ㅤㅤㅤㅤ— Assim você vai ser parado por estar devagar demais, eu hein! - a ruiva abanou a cabeça e voltou a encarar a pista pela janela.
ㅤㅤㅤㅤE foi assim todo o percurso, a russa discutindo com o americano dele estar devagar demais e  o cafetão discutindo com a vadia ruiva por ela dirigir igual uma doida, rápido de mais e ainda quando aparecia carros em sua frente ela cortava como louca. Com isso, o percurso da Califórnia até a cidade de Oklahoma que estava Terry Bogard foi feito mais rápido, já que Lilith aproveitava as noites para poder dirigir bem a cima do limite permitido.
ㅤㅤㅤㅤ— Abaixa a cabeça se não quer que ele saiba que você está aqui. - foi o aviso de Lilith, ao bater a porta do carro para acordar o americano que cochilava.
ㅤㅤㅤㅤEla pegou Jack no colo, a bolsa do menino e naquele fim de madrugada e início de manhã, foi andando para um quarto de hotel barato. Ao abrir a porta, de forma forçada, já que esta estava fechada por dentro, viu o marido dormindo e duas garotas agarradas nele, também dormindo. Sorrindo, Lilith colocou o filho sobre a cama entre as pernas do marido e o menino todo alegre, por saber quem estava ali, foi engatinhando rápido pra cima do homem, batendo a mão sobre o pau mole do pai pra se apoiar, enfiando o joelho nas bolas para subir sobre o corpo dele e como não era reto o corpo do americano o menino escorregava e voltava a apertar as mãos para continuar engatinhando.
ㅤㅤㅤㅤTerry acordou espantado, quase derrubando o menino, mas amparou o mesmo ao reparar que era a criança em seu colo.
ㅤㅤㅤㅤ— Get serious! Como você chegou aqui moleque? - ele falou espantado, só depois reparando Lilith deixando a bolsa de Jack ao lado da mochila que o vagabundo de Southtown carregava consigo.
ㅤㅤㅤㅤ— Preciso que fique com ele uns dias, vou resolver umas paradas que ficariam mais complicadas com a criança junto. - a russa falou. - Tenho certeza que vai arrumar um jeito de tirar vantagem disso. - ela se referia as mulheres que ainda dormiam.
ㅤㅤㅤㅤ— Porra! Você só complica as coisas pro meu lado, como vou trabalhar e olhar ele? - Terry falava passando a mão rosto.
ㅤㅤㅤㅤ— Não é problema meu, você adora meter esse piru em boceta, esse aí é o resultado. Se vira. Estou indo pra Chicago. - ela falou e saiu do quarto, fechando a porta atrás de si, deixando o filho e o marido.
ㅤㅤㅤㅤA viagem continuou com aqueles dois discutindo todo o percurso, só parava a discussão quando um dormia e outro ficava o máximo possível sem incomodar para poder ter um pouco de paz. Os ânimos entre Keith e Lilith estava a beira de explodir quando chegaram em Chicago, ela parou num posto, antes do americano tomar a direção para ir até o local de encontro.
ㅤㅤㅤㅤ— Vou tomar um banho aqui e trocar de roupa. - ela avisou e foi para a loja de conveniência atrás de um banheiro.
ㅤㅤㅤㅤQuando a russa voltou, todos os caras estavam com o olho grande no rabo dela, mas ela nem ligava, estava com um óculos de sol, que pegou aleatório na loja, jogando os cabelos molhados de um lado para outro e uma camisola preta, justa e bem transparente era o que estava em seu corpo, além disso e a sandália de salto, era visível uma calcinha fio dental em tom rosado.
ㅤㅤㅤㅤ— PUTA QUE PARIU! Assim os caras vão querer te comer assim que chegarmos.
ㅤㅤㅤㅤ— Essa é a intenção. - ela piscou pra ele e entrando no banco do carona. - Vamos?
ㅤㅤㅤㅤ— Isso vai dar merda ainda! - ele abanava a cabeça e ajeitava o pau dentro da calça, colocando a mangueira da bomba de gasolina no lugar e entrando no carro.

ㅤㅤㅤㅤAquela reunião estava mais para um interrogatório sobre Lilith que qualquer resolução de negócios. Toda hora a russa tinha se desvencilhar de uma mão, ela adorava provocar, claro. Mas era o jogo dela que ela sempre gostava de fazer e não a ceder de bom grado para estupradores. Sim, estava bem claro para a ruiva que tipo de gente era aquela. Mas aqueles sinais de Keith era o pior, porque apesar dele tentar amenizar a situação, parecia que ele não impediria aqueles caras de tentar nada, depois, com certeza, ele reclamaria da solução da mulher para o problema.
ㅤㅤㅤㅤAntes mesmo da porta se fechar atrás de Wayne os caras deram um jeito de agarrar a russa, prenderam os braços dela atrás das costas e a jogaram para cima da única mesa que havia ali naquele apartamento. A russa poderia se debater, mas ao invés disso, simplesmente ficou observando e ouvindo. Arrancaram fácil a peça de roupa dela, jogando para o chão, depois foram tentar abrir as pernas de Lilith, mas nem dois homens, um puxando cada joelho, conseguiu afastar as pernas da mulher.
ㅤㅤㅤㅤ— Minha vez, caras. - ela falou deixando um sorriso malicioso aparecer.
ㅤㅤㅤㅤQuando eles colocaram mais força para puxar as pernas da mulher, ela soltou-as, o que fez ambos irem de bunda no chão. Com isso os outros avançaram para segurar ela contra o tampo da mesa, mas era tarde demais. Lilith já estava em pé, acertou o cotovelo no nariz do ‘chefão’ ali e depois foi para cima dos dois caras que haviam se levantado. Mas foi quando sentiu uma arma na sua cabeça que ela parou de bater neles, ela morreria se o gatilho fosse apertado? Não. Mas demoraria muito para ela voltar a vida e isso daria tempo dos caras quererem fazer o que quiser com seu corpo até se livrar dele.
ㅤㅤㅤㅤ— Vocês parecem cansados, vão conseguir enfiar esses pirus muxos de vocês em mim ainda? - ela zombou.
ㅤㅤㅤㅤA pancada veio de imediato, a coronha da pistola contra o queixo a fez morder a língua e sentir o lábio inferior cortar. Novamente começou o cabo de guerra para abrirem as pernas da ruiva, ela riu ao não deixar e os caras ficarem se encarando com cara de babacas, sem entender como não conseguiam forçar as pernas dela a se abrirem. Novamente a arma foi apontada, dessa vez entre os olhos da mulher.
ㅤㅤㅤㅤ— Abre sua puta. - rosnou o cara de nariz quebrado.
ㅤㅤㅤㅤ— HAHAHAHA… - Lilith riu
ㅤㅤㅤㅤE no momento que abriu as pernas, seu corpo todo foi tomado por chamas infernais. O susto e pavor foi geral, todos correram para longe. Mas Lilith catou um por um, um chicote de aço que ela puxou da boca, envolvia os caras pelo pescoço e os arrastava até a mesa, local de maior concentração das chamas.
ㅤㅤㅤㅤ— Vem, quero ver vocês queimando até virarem pó e gritando de pavor. - ela falava ao puxar o último e jogar na pilha.
ㅤㅤㅤㅤO fogo cercava, ainda não encostava nos caras, eles olhavam com os olhos esbugalhados, o fedor de mijo e bosta começou a ficar mais forte. Outra gargalhada da russa foi ouvida, alta, os caras estavam mesmo com medo. E para eles não correrem, ela amarrou o chicote em volta deles e o fogo ir para eles assim como para o resto do lugar, como se fosse uma explosão de gás. O que também ocorreu, já que o prédio era abastecido pela substância. Ela recuperou a peça de roupa, que estava suja e só um pouco chamuscada, vestiu e desceu tranquila até sair do prédio.
ㅤㅤㅤㅤA mulher não demorou a achar seu chefe, Keith Wayne e o negro amigo deles do outro lado da rua. Olhando a caneca de cerveja que estava sem consumir de um deles, ela pegou a mesma e virou. Puxou uma cadeira e sentou devolvendo o recipiente vazio à mesa.
ㅤㅤㅤㅤ— Vamos resolver as coisas, ou tem mais distração? - ela perguntou séria.