2nd South
Este fórum contém material para adultos,
destinado a indivíduos maiores de 18 anos.

Se você não atingiu ainda 18 anos,
se este tipo de material ofende você,
ou se você está acessando a internet de algum país
ou local onde este tipo de material é proibido por
lei, NÃO PROSSIGA!!!

Os autores e patrocinadores deste fórum não se
responsabilizam pelas conseqüências da decisão do
visitante de ultrapassar este ponto.

Participe do fórum, é rápido e fácil

2nd South
Este fórum contém material para adultos,
destinado a indivíduos maiores de 18 anos.

Se você não atingiu ainda 18 anos,
se este tipo de material ofende você,
ou se você está acessando a internet de algum país
ou local onde este tipo de material é proibido por
lei, NÃO PROSSIGA!!!

Os autores e patrocinadores deste fórum não se
responsabilizam pelas conseqüências da decisão do
visitante de ultrapassar este ponto.
2nd South
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Encrenca em Second

Página 2 de 2 Anterior  1, 2

Ir para baixo

Encrenca em Second - Página 2 Empty Re: Encrenca em Second

Mensagem  Convidado Ter Jul 02, 2019 12:42 pm




ㅤㅤㅤㅤO que tem em Chinatown?

ㅤㅤㅤㅤForam três dias do pior inferno que poderia acontecer para Lilith Skyamiko, depois da visita de Keith a mulher se arrependeu de ter ficado sozinha com o filho, primeiro pela quantidade de água que subiu do rio, este passava a poucos passos da casa em seu leito, então a russa se viu ilhada em questão de poucas horas.
ㅤㅤㅤㅤPara não tirar os olhos do menino, que agora andava para todo que é canto, parecia o pai sumindo pelo país, quando ia ver estava perto de algum precipício, as vezes, quando a queda não machucava muito, a ruiva deixava Jack se estabanar no chão, para ele aprender que não podia ir onde estava. Mas como a água estava quase invadindo a casa, era provável que o menino se afogasse se caísse naquela merda. Ela colocou ele naquele famoso canguru (amarração de pano para manter a criança sentada e junto ao corpo do usuário), ficou ouvindo choro de dez minutos na orelha por causa disso, mas não deu atenção, ela precisava colocar a geladeira e o fogão, pelo menos, em uma altura aceitável ou perderia os dois também. A máquina de lavar roupa já estava coberta de água.
ㅤㅤㅤㅤ— Puta que pariu, vou encher o Terri de porrada quando ver ele. - a russa reclamava sozinha, já que a criança não entendia porra nenhuma do que ela estava falando.
ㅤㅤㅤㅤA raiva era por estar sozinha ali, naquela merda toda, pensando que Terry estaria em melhores condições e sem preocupação alguma em como poderia estar o filho e ela. O primeiro dia daquele caos encerrou com os eletrodomésticos, únicos que o casal tinham, num lugar seguro, pelo menos por hora. Jack e Lilith ficaram no andar superior, a ruiva deu banho e de mamar ao filho e colocou ele para dormir. Pegou um maço de cigarro e ficou fumando, olhando pela janela do quarto para a clareira, até perder noção do tempo.
ㅤㅤㅤㅤO segundo dia conseguiu ser pior, a água parou de subir, mas o térreo da casa estava com nível alto de água, batia na cintura da russa. E ela só ficou sabendo disso por ter que ir até a geladeira, pegar comida pronta e fria para dar ao filho, já que era impossível esquentar com o fogão no alto. Nem Terry e nem Anita Bogard deram as caras por ali.
ㅤㅤㅤㅤFoi só no terceiro dia que a água saiu de dentro da casa de Lilith e seu nível de mal humor estava alto, o acesso à trilha estava um lamaçal só, mas agora era possível usar. Mas a russa não viu isso logo, já que foi durante a madrugada que o nível da água abaixou e ela estava dormindo. Vários fatores contribuíram para aquele dia ter sido a gota que faltava para a paciência da ruiva esgotar. No dia anterior ela deu a maior parte da comida pronta para o filho, ou seja, ela comeu uma colher de comida durante todo o dia. E o que acordou a vadia russa foi barulho de vidros sendo quebrados. No momento que abriu os olhos, outro vidro quebrou, bem próximo dessa vez e um objeto bateu no chão de seu quarto. Ao levantar a cabeça, Lilith viu o fogo.
ㅤㅤㅤㅤ— QUÊ?
ㅤㅤㅤㅤA mulher levantou no mesmo instante e foi para o quarto do menino, ele estava acordado e cagado, mas não tinha fogo ali. Ela deixou Jack no berço e desceu os degraus, a parte debaixo da casa estava em chamas e aquilo daria merda se continuasse, faria o andar de cima despencar inteiro. E foi nesse momento que ela ouviu as vozes do lado de fora.
ㅤㅤㅤㅤ— MORRA!
ㅤㅤㅤㅤ— SUMA DA NOSSA CIDADE!
ㅤㅤㅤㅤ— VAI EMBORA!
ㅤㅤㅤㅤ— SAI! SAI!
ㅤㅤㅤㅤ— SAI DAQUI!
ㅤㅤㅤㅤA Skyamiko se fez de surda ali, a preocupação era com o fogo, e a madeira do teto havia começado a fazer barulhos, Lilith estava fraca, não havia comido e ainda amamentou Jack, mas usou seu poder, consumindo mais de sua energia, o fogo negro consumiu o fogo normal arremessado por aquelas pessoas, a mulher voltou para o andar de cima para também apagar o fogo do seu quarto. A madeira estar molhada no andar de baixo ajudou um pouco a conter as chamas, mas ainda teve um estrago na área. O corpo estava suado quando a mulher entrou novamente no quarto do filho, ele estava choroso, o barulho estranho, o calor repentino e também por ainda estar todo cagado.
ㅤㅤㅤㅤ— Eu sei malandrinho, mas você tem que esperar, tá bom?
ㅤㅤㅤㅤO restante da energia infernal que Lilith possuía, ela usou para fazer um portal, o destino era um lugar conhecido pela mulher, ela poderia passar junto com o menino e fugir dali, mas a russa escolheu passar somente Jack e a bolsa do mesmo para o outro lado. A russa sairia para falar com as pessoas, aquilo tinha que acabar, a região ficava no golfo do México, o lugar sempre tinha tempestades, havia antes dela até saber da existência daquelas cidades e continuaria tendo se ela saísse dali. Ela não era culpada, não por aquilo e a atitude daquelas pessoas fez a paciência de Lilith Skyamiko acabar.
ㅤㅤㅤㅤSuportar o olhar acusador de Terry por um período longo de tempo, ainda saber que ele sempre a culparia pelo passado, suportar às criticas sobre si na mídia e ainda ameaças vindo de pessoas que diziam ser amigas. Tudo acumulou, aquele motim foi a gota que faltava para tudo transbordar. O menino estava seguro, a ruiva se levantou e desceu os degraus, pouco tempo ela chegou até a porta e abriu. Os gritos ficaram mais altos, alguns até mais fortes ao ser vista e outros pararam.
ㅤㅤㅤㅤA única pessoa que ela confiava, dentro de todos da humanidade, tinha o pensamento igual aos que estavam ali querendo que ela sumisse. Lilith bateu, com raiva, mas também apanhou, afinal eles eram maior número e ela estava fraca demais. Ego grande, como seu marido falaria, talvez ele esteja certo sobre isso. Mas um erro não deveria ser a cruz dela por toda a existência, pelo menos não a cruz que o loiro a pregasse toda vez, o americano era quem a ruiva esperava por ser sua ajuda. E aquila situação foi o choque de realidade, apagou a ilusão que a Skyamiko havia criado.
ㅤㅤㅤㅤAs pessoas ficaram desacordas ou machucadas no chão, a vadia russa saiu andando, mancando e com dificuldade por passar por todo aquele chão lamacento. Mas, mesmo assim, se afastou da casa e foi em direção ao lugar que havia mandado seu filho, ele sim precisava de sua ajuda.
ㅤㅤㅤㅤA pele clara de Lilith foi mostrando os machucados no decorrer do tempo, ela andava pelas ruas de Southtown, ali, não houve estrago, somente as praias foram fechadas por causa das ondas, mas não ocorreu alagamento, nem devastação pelo vento. Dessa vez, tudo havia ficado para Second South. Uma mulher que a viu entrar nas ruas de Chinatown se assustou, tinha lama por todo seu corpo, seu olho direito estava inchado e roxo, um corte no supercílio deixava um caminho de sangue até o meio dos seios de Lilith.
ㅤㅤㅤㅤ— Você está bem?
ㅤㅤㅤㅤPergunta idiota, a russa nem fez esforço para responder ou encarar a mulher, ela tinha que continuar andando. Ela sumiu da visão da chinesa assustada ao virar uma arruela e entrar num dos prédios que havia ali, os degraus foram vencidos com dificuldade, mas ao abrir a porta e ver uma mulher asiática com seu filho no colo, Lilith desabou, a porta fechava atrás do corpo desacordado da mulher.
ㅤㅤㅤㅤNuma televisão ligada, a imagem aérea de Second era mostrada, várias equipes de resgate acabavam de chegar na região, usando helicópteros, caminhões pipas retirava a lama das ruas para as ambulâncias e carros de bombeiros chegarem nos lugares mais rápido. Algum jornalista aventureiro relatava sobre a violência e que o exército também chegara como reforço para as forças policiais que estavam desmanteladas, vários arruaceiros já estavam sendo presos. A questão que a jornalista dava enfase no momento, era a presteza do governo, dessa vez, em mandar auxilio para a população da cidade. O que havia mudado para isso acontecer?



Convidado
Convidado


Ir para o topo Ir para baixo

Encrenca em Second - Página 2 Empty Re: Encrenca em Second

Mensagem  Convidado Seg Jul 15, 2019 8:44 pm






Tudo revirado.
Second.

ㅤㅤㅤParecia até algo premeditado, mas a empresa de Estela acabara de chegar a cidade e a mesma passando por aquele momento de destruição natural. A texana começou a tentar abordar seus contatos e pedir um pouco de auxílio, ter muita calamidade não seria visto como algo, as pessoas começavam a sair do seu estado de controle, tornando-se animais irracionais. Após sair daquele black site, ela se deparou com o caos, para chegar até o apartamento de Cassy foi difícil, quase impossível se a negra não soubesse se defender, uma mulher sem conhecimento de luta ou de ações para defesa pessoal teria sido morta naquele caminho e provavelmente seria calculada como vítima da chuva e não da ação humana. - Josh! Quero que entre em contato agora com a casa branca, não tem como essa cidade ficar sem auxílio algum! A polícia não dá conta, estão parecendo animais. - a mulher falava chegando a entrada do prédio que residia, sua roupa estava toda suja, assim como suas mãos, pés e cabelo. Ela havia se atracado com quatro homens, já que tentaram agarrá-la a força quando passava. - Não quero saber, porra! Liga esse caralho de televisão, terá as informações que precisa, manda o exército para cá! Agora! - Estela desligou o telefone e entrou no prédio, subindo os degraus com pressa, queria tirar aquela sujeira de si. O dia seguinte foi mais calmo, a texana ficou em casa no telefone, não cruzou com sua amiga, provavelmente pelo envolvimento da mesma com voluntariado e aquela mania incansável de tirar fotos. Foi já no fim do dia que a negra saiu do apartamento, seu destino era a sede da sua construtora. Quando ela chegou ficou assustada, parecia que tudo havia sido arrastado pela lama, o elevador estava parado no prédio, então foi a escada usada para levá-la até o andar que funcionava o escritório. Somente uma secretária trabalhava ali, estava sendo preparado o RH para a contratação dos funcionários. - Boa noite, você já pode ir agora, Rita. - a negra falou sorrindo para a mulher. Esta agradeceu e momentos depois estava recolhendo seus pertences e indo em direção a saída. - Está tudo bem com você e sua família? - era a voz de Estela que voltara para questionar a mulher. - Sim, senhora. Tivemos que jogar alguns móveis fora, mas estamos todos vivos, não foram todos que tiveram essa sorte no nosso bairro. - A texana sinalizou com a cabeça e foi para seu escritório, aquilo era preocupante, muitas mortes sempre trazia um ar muito ruim para a cidade, perda de investimentos principalmente. Ir trabalhar naquele horário era o mais sossegado para Estela, mas naquela noite tudo parecia estar agitado na cidade, todos os barulhos chegavam até a sala da mulher, as vezes, até mesmo, as luzes das sirenes ficavam mais intensas e iluminavam boa parte da sala. Querendo saber sobre o progresso das unidades do exército e bombeiro que foram mandadas para cidade estavam prestando seu serviço ela ligou a televisão. O jornal dava destaque, naquele momento, para a constante onda de saques que aconteciam, não só em estabelecimentos comerciais, como também em casas que não foram atingidas. O que mostrava que nem dentro de uma residência as pessoas possuíam segurança, fora a falta de suprimentos básicos que ainda era enorme, as pessoas estavam com problemas para achar o que comer.



Convidado
Convidado


Ir para o topo Ir para baixo

Encrenca em Second - Página 2 Empty Re: Encrenca em Second

Mensagem  Ʀμηηɩηɡ ᗯɩℓɗ ✪ کƭєεℓ ᗯѳℓƒ Sex Ago 02, 2019 8:39 pm



Puta merda!

ㅤㅤㅤCom muita dificuldade, aquela mulher conseguiu carregar o Lobo até uma tenda que havia se formado próximo dali, onde alguns feridos estavam recebendo primeiros socorros. Aqueles olhos azuis do lutador estavam começando a perder o foco, devido ao excesso de perda de sangue. E foi uma enfermeira que adiantou a situação do louro, pegando-o pelo braço e o levando até uma ala mais privativa.
ㅤㅤㅤ— Doutor… Doutor… Ele levou um tiro…
ㅤㅤㅤ— Um tiro…? Onde?
ㅤㅤㅤ— No ombro…
ㅤㅤㅤAquelas vozes ficavam ressoando na mente do Terry continuamente, até que ele foi sedado para que fizessem todos os procedimentos cabíveis para sua melhora.

ㅤㅤㅤCaminhando pelas imediações do National Park, a devastação era total. Um lamaçal de atolar o pé a cada passo. O fedor de podridão era intenso, repulsivo. Enquanto observava de um lado a outro, não se via nada a não ser um lugar inerte, sem sinal de vida humana por ali. Ele caminhou até aquela residência solitária na clareira, até notar algo de anormal.
ㅤㅤㅤ— Aaah caralho…
ㅤㅤㅤAo longe, dava a entender que a casa estava em chamas e quanto mais se aproximava, mais nítido isso ficava. Aquele vagabundo entrou em desespero e saiu correndo, gritando o nome da mulher vadia na esperança de obter uma resposta.
ㅤㅤㅤA casa estava toda destruída, fruto de algum incêndio. Ao entrar naquele monte de madeira que mais lhe parecia carvão, ele foi procurando sinais esperançosos que tanto sua esposa, quanto seu filho já não mais estivessem ali. Mas uma imagem o deixou em estado de choque. Lilith deitada de lado, aninhando a criança contra o corpo, sob um escombro que acabou esmagando a ambos. Os corpos dos dois estavam carbonizados.
ㅤㅤㅤTerry caiu de joelhos sobre as cinzas, os olhos arregalados numa expressão de incredulidade absoluta.

ㅤㅤㅤ— NÃÃÃÃÃÃOOOOOO!
ㅤㅤㅤEle levantou o tronco de uma um leito em que estava no hospital de campanha. Suava em bicas, passando uma das mãos, com o dorso, sobre a testa. Terry foi surpreendido pelo olhar de uma enfermeira espantada, com a boca babada e entreaberta. Ao olhar para baixo, notou que estava nu e com seu cacete também todo babado.
ㅤㅤㅤ— Que porra é essa? Você tava chupando a minha rola?
ㅤㅤㅤA enfermeira, uma gordona loura, voltou a si e respondeu com ar imperioso:
ㅤㅤㅤ— Estava empregando uma técnica de reanimação de paciente.
ㅤㅤㅤ— Aaaah sim… Achei que estava só chupando o meu pau.
ㅤㅤㅤ— Não… não… Por favor, senhor Bogard! Volte a descansar para que possamos continuar com os procedimentos.
ㅤㅤㅤ— De chupar o meu pau?
ㅤㅤㅤ— De reanimação.
ㅤㅤㅤTerry balançou a cabeça negativamente, apesar de olhar para as tetas daquela enfermeira com certo querer, ele fez menção de descer do leito, pronto para meter o pé no chão.
ㅤㅤㅤ— Senhor Bogard! Volte para o seu leito já!
ㅤㅤㅤ— Eu tenho que encontrar a minha esposa. Depois de tudo o que aconteceu pela cidade, não sei se as coisas estão indo muito bem lá em casa.
ㅤㅤㅤ— Você terá tempo para isso, garotão! — Dizia a enfermeira que pegava uma prancheta que estava no pé do leito para fazer algumas anotações.
ㅤㅤㅤTerry tirou aqueles contatos que eu não sei a porra do nome, tirou o bagulho que tava coletando o sangue e saiu do leito, meio cambaleante.
ㅤㅤㅤ— CARALHO! — sentiu a dor e meteu a mão no local do ferimento, todo enrolado com bandagens.
ㅤㅤㅤ— Você vai onde?
ㅤㅤㅤ— Tenho que ver minha mulher e meu filho.
ㅤㅤㅤ— Você não pode sair daqui.
ㅤㅤㅤ— Minha senhora! Se você quiser chupar um pau, fale que quer chupar um pau, não venha com esse tipo de desculpas.
ㅤㅤㅤEle viu suas roupas amontoadas num canto, pegou e colocou debaixo do braço. Enrolou um lençol em volta do tronco pra esconder a caceta e saiu claudicante.
ㅤㅤㅤHavia passado alguns dias sem ele saber quanto. Eu também não sei dizer, espere pelo próximo a narrar aí que vai dizer quantos dias se passaram. O fato é que a cidade já não estava tão zoada quanto antes. A mulher que esse cara havia safado dos estupradores não havia dado mais sinal de vida e ele também não ia ficar procurando. O transporte público ainda não havia voltado ao normal completamente. Não havia nenhum conhecido por perto que poderia lhe dar informações sobre Lilith e tampouco ele lembrava o número do telefone da mulher. Terry andou… andou… até se esgotar e sentar sobre o capô de um carro que estava inutilizado, todo sujo. Uma mulher mais jovem que ele, com traços asiáticos, passava no local com uma sacola de compras e perguntou.
ㅤㅤㅤ— Você é Terry Bogard?
ㅤㅤㅤ— Tá me perguntando isso pra chupar pica?
ㅤㅤㅤ— Que isso? Mais respeito, por favor.
ㅤㅤㅤ— Me desculpe… Meus últimos dias não foram muito dentro do normal.
ㅤㅤㅤA asiática, uma rechonchudinha com cabelos que batiam um pouco além dos ombros, respondeu:
ㅤㅤㅤ— Você tá um bagaço, nem sinal daquele homem bonito que a gente vê no KOF.
ㅤㅤㅤ— Deixe eu adivinhar… Você escuta Guns N’ Roses, né?
ㅤㅤㅤ— Adoro! Por quê?
ㅤㅤㅤEle balançou negativamente a cabeça e respondeu.
ㅤㅤㅤ— Pode me fazer um favor?
ㅤㅤㅤ— Depende.
ㅤㅤㅤEle estendeu o embrulho debaixo do braço para a mulher.
ㅤㅤㅤ— Me ajude a colocar a roupa, eu não estou conseguindo me movimentar direito.
ㅤㅤㅤ— Você precisa de um banho, Terry. Você está todo sujo…
ㅤㅤㅤ— Olha! Eu preciso encontrar a minha esposa e saber se meu filho está bem.
ㅤㅤㅤ— Você não está be…
ㅤㅤㅤNisso apareceu um samangote do nada, correndo, roubando a sacola de compras da mulher. Ela gritou, mas o lendário lutador a interrompeu logo…
ㅤㅤㅤ— RÁPIDO… ME DÁ ESSE PEDREGULHO AÍ… ESSE AÍ PERTO DO SEU PÉ…
ㅤㅤㅤ— O quê?
ㅤㅤㅤ— RÁPIDO, PORRA!
ㅤㅤㅤA mulher pegou o pedregulho, cabia numa mão daquele cara de nariz meio torto, meio certo. Ele deu meio giro com o corpo e arremessou. A porra da pedra foi girando e girando e girando sobre o próprio eixo até bater na nuca do ladrãozinho, que caiu de cara no chão. A mulher correu atrás para pegar a sacola de compras enquanto gritava…
ㅤㅤㅤ— PEGA LADRÃO! — uma multidão se aglomerava para começar a bicar o infeliz.
ㅤㅤㅤTerry mais uma vez meneou a cabeça negativamente, deu as costas e continuou o seu longo trajeto em busca de alguma coisa que lhe pudesse fazer contato com Lilith Bogard.
ㅤㅤㅤ— Porra! Eu preciso ficar mais em casa…
Ʀμηηɩηɡ ᗯɩℓɗ ✪ کƭєεℓ ᗯѳℓƒ
Ʀμηηɩηɡ ᗯɩℓɗ ✪ کƭєεℓ ᗯѳℓƒ

Aniversário : Quinze de Março.
Lugar de Origem : Southtown, Flórida
Mensagens : 231
Data de inscrição : 10/08/2017

Ir para o topo Ir para baixo

Encrenca em Second - Página 2 Empty Fechando o Evento

Mensagem  Convidado Ter Ago 20, 2019 9:36 am

A mulher tentava correr, mas sempre um braço a pegava pela cintura a empurrando para o chão novamente. Os gritos eram constantes e altos, mas não havia só gritos na rua naquela hora. O som dos carros, das sirenes abafavam aqueles gritos de um beco escondido e pouco iluminado.

Cassy acabava de enviar o relatório, seu alvo havia escapado da tragédia e dela, fora realocada por ter a casa destruída, mas a informação foi pega e estava em anexo como arquivo principal daquela mensagem.

Os cachorros da croata estavam inquietos, latindo com a cabeça fora da janela e desobedecendo a ordem da mulher de não subirem no móvel. Ela não ligava para a mobilia, mas que um deles caísse pela janela.

- Ei! Qual o problema com vocês dois?

Storm e Pirata olharam para dona, dois segundos depois, voltavam a encarar a rua com latidos constante.

- Vocês sabem que não podem fazer esse escândalo, os vizinhos vão me encher o saco novamente.

Enquanto falava, Cassy foi da mesa até a janela, viu um cara correr saindo de um beco e logo os dois pitbulls ficaram quietos, Pirata deitou no sofá, com uma expressão cansada. Storm ficou lambendo a morena e colocando o focinho para fora, pousando a cabeça na parte de baixo da janela.

- O que você viram, hein?

A fotógrafa passou a mão na cabeça do cachorro e foi aí, quando uma moto terminou de passar que ela ouviu o choro e o som de algo caindo no beco.

Demorou três noites, mas a croata achou o responsável pelo crime em frente a sua casa. A mulher estava morrendo, não foi a morena aparecer, morreria ali mesmo, na sujeira e no frio.

O grupo de caras que estavam fazendo confusão em Second, estavam numa cabana para dentro de Sarah Forest, mas todos faziam a mesma rota para chegar até o local, foi assim que Cassy montou sua armadilha, não deixaria eles chegarem na floresta, pegaria um a um separado.

A agente fizera treinamentos desde que entrara para a agência, por ser uma agente que rodava o mundo, ela ficou no curso de Krav Maga, a mais letal das defesas pessoais. E Cassy ainda tinha um bônus a seu favor, anos vivendo pelas ruas da Europa, desde seu cinco anos sobrevivendo a qualquer coisa pelas ruas. Isso é irrelevante, afinal, aquela mulher não brincava quando se tratava de coisas sérias, a experiência que ela tinha só era bônus para resolver as coisas.

A morena ouviu um grito feminino, quando saiu da sua tocaia, via uma mulher arrancando a bolsa de um dos seus vigiados que estava caído, não demorou para o mesmo levantar, a mulher já havia se distanciado, assim como um homem alto e loiro que ia em direção da outra cidade.

Cassy passou o fio pela garganta do cara e puxou, poucos minutos ele estava morto, os olhos da morena fixaram nas costas daquele homem que andava com dificuldade se afastando, parecia ser alguém que ela conhecia, mas não chamou, não era o momento para ver conhecidos.

A fotógrafa largou o corpo ali mesmo, no acostamento do asfalto e seguiu de volta para a sua tocaia, faria horas ali, mas não tinha problema nenhum. Ela esperaria o tempo que fosse e mataria um a um.

A cidade se recuperava, nada parecia parar aquele lugar, isso era bom. Um fator que determinavam a permanência da morena estrangeira ali. Logo que o transporte público voltou a funcionar, parecia que nada mais havia acontecido, as lojas começavam as reformas, as pessoas voltavam a circular e tudo era esquecido. A chuva, os crimes e seus culpados.
Continua…

Convidado
Convidado


Ir para o topo Ir para baixo

Encrenca em Second - Página 2 Empty Fim?

Mensagem  Convidado Dom Ago 25, 2019 8:24 pm




ㅤㅤㅤㅤA volta

ㅤㅤㅤㅤLilith estava dormindo alguns dias, foi uma pressão sobre seu corpo que a despertou naquela manhã. Ao abrir os olhos pode fitar seu filho sentado sobre sua barriga apertando os seus peitos, querendo tirar a peça de sutiã que a mãe usava.
ㅤㅤㅤㅤ— É você malandrinho. Com fome, né?
ㅤㅤㅤㅤEla segurou o menino e levantou, sentando-se. Foi aí que ela lembrou de onde estava, já que estava numa esteira de palha com alguns panos para amaciar, num canto de uma sala ampla, mas sem muita mobilia. Havia somente uma mesa com utensílios sobre a mesma no outro lado de onde a russa estava.
ㅤㅤㅤㅤA fumaça que saía de um dos pratos chamou atenção da ruiva para a comida que havia sido servida recentemente. Enquanto tirava um peito para fora, colocando na boca de Jack, Lilith levantava do chão com o menino nos braços e caminhava para a mesa.
ㅤㅤㅤㅤ— Hum.
ㅤㅤㅤㅤO cheiro a fez ficar com vontade de comer o que estava ali, um ensopado fumegante de porco com macarrão e vegetais. Foi aí que ela viu de relance um movimento em outro cômodo, estava coberto por uma parede, somente a abertura da porta que deixava visível parte de seu interior.
ㅤㅤㅤㅤ— A senhora acordou, que bom.
ㅤㅤㅤㅤA chinesa entrou falado em mandarim, a ruiva só sorriu e retribuiu o cumprimento, com uma reverência curta de cabeça e voltou sua atenção para comida. Pegando os hashi que estavam ao lado da tigela e começou a comer.
ㅤㅤㅤㅤJack mamava com afinco, chegava a fisgar de dor o seio da ruiva. Ela fazia caretas enquanto terminava sua refeição. Seu corpo não estava totalmente limpo, pelo visto a chinesa havia tentado tirar boa parte da lama, mas não teve muito sucesso. Quando filho acabou de mamar, a russa deixou ele aos cuidados da dona daquela casa e foi para o banheiro.
ㅤㅤㅤㅤAquela mulher, fora uma das pessoas que Lilith resgatou após o encerramento do seu torneio na cidade. Na busca pelo corpo do marido, a russa tirou várias pessoas dos escombros, mas não era por ter a salvado que a mulher demonstrava gratidão. Mas por que a demônia havia salvado a filha dela também, que mal conseguia respirar dentro da poça de lama que a russa a tirou. A mãe sem forças para socorrer a filha, a ajuda longe demais e a russa era a única que poderia ajudar. O medo de ver a garota morrer, venceu o medo que a outra tinha de Lilith, até então apontada como algo ruim pela televisão.
ㅤㅤㅤㅤ— Obrigada. Como está sua filha?
ㅤㅤㅤㅤEla voltava para a sala, agora já limpa e com um traje da própria anfitriã, suas roupas não teve como ser recuperadas.
ㅤㅤㅤㅤ— Foi para a escola, senhora. - ela respondeu abrindo um sorriso e levando o menino para Lilith.
ㅤㅤㅤㅤ— Que bom, fico feliz. Já vou indo, já dei muito trabalho para você. - a russa foi para a porta, pegando no percurso a bolsa de Jack e deixando novamente uma nova reverência para aquela mulher que já entrava nos seus quarenta anos.
ㅤㅤㅤㅤ— Não foi trabalho nenhum. O que aconteceu?
ㅤㅤㅤㅤLilith sorriu sem graça e abriu a porta para sair.
ㅤㅤㅤㅤ— Ignorância. Pensaram que a tempestade era minha culpa. - ajeitando a bolsa no ombro e o garoto em outro braço a ruiva saiu e fechou a porta ao sair.
ㅤㅤㅤㅤJack pegou no sono durante o percurso. Lilith caminhou todo ele até parar na clareira de sua casa, o estrago havia sido pior do que ela se lembrava. Água, fogo e vândalos. Saber que tudo voltava ao normal não acalentou o coração da russa, afinal, Terry Bogard ainda não tinha aparecido. E a vida dela naquele momento, parecia tudo, menos normal.



Convidado
Convidado


Ir para o topo Ir para baixo

Encrenca em Second - Página 2 Empty Continua

Mensagem  Convidado Ter Set 03, 2019 4:23 pm






Negócios.
Second.

ㅤㅤㅤCinco dias após todo o caos e a intervenção do exército, Second já começava a se reestabelecer e voltar em sua rotina normal. Estela estava no escritório com a responsável do RH, Rita. - Quantas vagas ainda não foram preenchidas? - Duas. Havia dois candidatos antes da tempestade, mas não vieram por causa do acontecido. - Entendo. Faça novo contato com eles. A mulher negra foi para sua sala. Sua atenção foi chamada para o celular, uma mensagem criptografada. Passou dez minutos e a texana já estava na rua, caminhando determinada. Entrando em um prédio público da cidade a negra passou rapidamente pela recepção, o caminho ela já conhecia e saiba exatamente para onde estava indo. - Ele já está me esperando. - Estela se anunciou e entrou na sala e fechando a porta em suas costas. Um homem, alto, parrudo, cabelo entre o amarelado e o grisalho ocupava a cadeira atrás de uma grande e pesada mesa de madeira. - Eu pedi as concessões têm dez dias. - a texana falou sentando-se e cruzando as pernas encarando o homem. - Sua empresa não está com a melhor oferta. - Conversa, quem oferecer um valor mais baixo que o meu não vai fazer serviço nenhum e se fizer fará com material sem qualidade. - Temos duas outras construtoras de anos na cidade. - A mulher se levantou e caminhou pelo lugar sem responder por um tempo. Acabou por ouvir duas vezes um pedido de atenção do homem para o que ele falava sobre as outras duas empresas, mas Estela estava procurando entender como aquelas empresas podiam oferecer tão baixo e com isso bolou uma estratégia em sua mente. - Eles querem as áreas importantes, certo? - Claro, conseguem divulgação assim. - Divide entre ambas as empresas antigas os pontos importantes, e deixe minha empresa com os que eles descartarem. - A texana não esperou resposta e menos ainda algum parecer, ela sabia que aquilo funcionaria e virou as costas saindo do escritório daquele homem para outro lugar. A negra sabia que o tipo de material, pelo preço, seria inferior e já pensava a longo prazo, onde faria os pontos descartados da cidade e os importantes, isso por ter certeza que teria imprevistos nas outras obras. Sua mente ainda tinha certeza que alguma obra cairia antes de sua finalização e ela estaria atenta para o fato não ser abafado pela empresa responsável. Com vigilância e as imagens certas, tomaria todas as obras para sua empresa dentro de poucos meses.

...



Convidado
Convidado


Ir para o topo Ir para baixo

Encrenca em Second - Página 2 Empty Re: Encrenca em Second

Mensagem  Ʀμηηɩηɡ ᗯɩℓɗ ✪ کƭєεℓ ᗯѳℓƒ Qua Set 11, 2019 3:15 pm



Pois é...

ㅤㅤㅤA cidade havia se tornado realmente o caos, mas tudo havia chegado ao seu fim. Restava apenas a 2nd South e a sua vizinha se reconstruírem, mais uma vez. A população sempre arrumava culpado para tudo e daquela vez não havia sido diferente. Mas para um daqueles habitantes, a coisa estava funcionando completamente diferente.
ㅤㅤㅤ— Eu só quero ir pra casa… Puta merda!
ㅤㅤㅤSim. O Lendário Lobo estava à caminho do National Park, à pé. Tarefa ingrata que lhe restou depois de tudo o que havia acontecido. Mas a vida é assim, nem sempre a sorte lhe sorri.
ㅤㅤㅤDe todos os veículos que passavam em direção à Southtown, nenhum lhe dava carona, por mais insistente que fossem seus movimentos ao pedir. Por fim, cansado e vendo que chegaria muito tempo após, acabou sentando na beira da estrada para deixar o corpo se recuperar.
ㅤㅤㅤ“VROOOMM…”
ㅤㅤㅤO motor Honda veio cortando o ar com aquele som característico, chegou a passar por Terry, que sequer levantou a cabeça para saber do que se tratava. Cerca de 500 metros depois, a moto fazia um contorno naquela pista até então com tráfego esporádico. Em instantes, do outro lado da rua, Rock Howard estacionava a sua Honda Shadow 700cc.
ㅤㅤㅤ— Vai me dizer que está curtindo a brisa da estrada? — disse o jovem Lobo.
ㅤㅤㅤ— Na verdade… Eu estou cansado de pedir carona aqui nessa merda…
ㅤㅤㅤ— HAHAHAHAH… Sobe aí…
ㅤㅤㅤRock se embrenhou rumo ao National Park, com Terry em sua garupa. O mais velho se mantinha na moto, levando suas mãos nos bolsos, enquanto falava.
ㅤㅤㅤ— Voltou finalmente?
ㅤㅤㅤ— Você mesmo me ensinou que a estrada é o nosso lar, Terry.
ㅤㅤㅤ— É isso aí, garoto… E aquela treta com o seu tio?
ㅤㅤㅤ— É melhor não falarmos sobre isso.
ㅤㅤㅤA moto entrou naquele lamaçal que estava o National Park e, logo que Terry teve a menor visão da residência, seus olhos sobressaltaram.
ㅤㅤㅤ— Puta que pariu… JACK!
ㅤㅤㅤ— Calma aí, Terry! Não se balance… Vamos cair…
ㅤㅤㅤInstantes depois a moto estacionava. Terry saía da garupa e via a silhueta da sua esposa ali avaliando a situação. Rock procurava um lugar para colocar a moto. Certamente ele precisaria lavá-la para não acarretar prejuízos. O louro se acercou da mulher, a abraçou e disse:
ㅤㅤㅤ— Parece que a deusa da sorte não sorriu dessa vez…
Fim?
Ʀμηηɩηɡ ᗯɩℓɗ ✪ کƭєεℓ ᗯѳℓƒ
Ʀμηηɩηɡ ᗯɩℓɗ ✪ کƭєεℓ ᗯѳℓƒ

Aniversário : Quinze de Março.
Lugar de Origem : Southtown, Flórida
Mensagens : 231
Data de inscrição : 10/08/2017

Ir para o topo Ir para baixo

Encrenca em Second - Página 2 Empty Evento Encerrado.

Mensagem  Convidado Qua Set 11, 2019 3:25 pm

Esse evento chega aseu fim.

Em breve uma nova aventura com os quatro personagens e
a participação de novos envolvidos.

Convidado
Convidado


Ir para o topo Ir para baixo

Encrenca em Second - Página 2 Empty Re: Encrenca em Second

Mensagem  Conteúdo patrocinado


Conteúdo patrocinado


Ir para o topo Ir para baixo

Página 2 de 2 Anterior  1, 2

Ir para o topo


 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos